Das histórias nascem histórias
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
the importance of being earnest
- Sou o mais pequeno a partir dos cinco anos...
- Deixa lá. O Miguel também foi sempre o mais pequeno e é o Super Miguel.
- Pois, mas eu sou Rato Chico e ser rato não é bom.
- Não?
- Claro que não! És apanhado pelos gatos.
(desenha-se-lhe um sorriso matreiro na cara)
- Ninguém gosta de ratos, principalmente a Jonita!
É tão bonito conseguirmos ter a Jonita dentro de nós assim, de vassoura na mão, a matar ratos com o Afonso agarrado a ela a chorar "não mates, não mates!".
E isto de ser rato tem muito que se lhe diga.
Fernando
- Mãe, vens desenhar, ou não?
- Espera só um minuto, tenho de fazer chichi.
- Não tens nada.
- Claro que tenho, também sou uma pessoa...
- Não és nada, és uma mãe!
- E tu, és uma pessoa?
- Eu não! Eu sou um filho.
- E então quem é que são as pessoaa? Dá-me um exemplo.
- Pessoas?... Não sei... Não há. Eu não conheço nenhuma, pelo menos.
- Então conheces o quê?
- Mães, filhos, avôs, tios...
- E não são pessoas?
- Não, são todos mães, filhos, pais, irmãos.
Como dizia o nosso querido M. A. Pina dos gambozinos: se não vistes nenhum de nós é porque não existimos, também não existis vós porque também não vos vimos!
Etiquetas:
coisas de rato,
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Manuel António Pina
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