O A. queixa-se da palermice dos adolescentes da escola dele.
O V. não consegue perceber a palermice dos adolescentes da escola do A.
Isto tudo no meio de uma conversa sobre pilinhas e risos patéticos de crianças patéticas e a palermice adolescente e patética dos governos que decidiram que é preciso dar educação sexual às crianças nas escolas (depois queixem-se que elas engravidem aos 13 anos!).
A Antena 2 transmitiu ontem, precisamente, um extraordinário programa sobre a palermice da educação sexual nas escolas.
A verdade é que os meus filhos não comungam das palermices gerais da sociedade em que vivemos, felizmente. A escola que lhes demos, até agora, tem sido a melhor possível.
Uma escola que é uma verdadeira família, onde os professores gostam do que fazem, fazem o que querem e, além de toda a gente aprender com toda a gente, divertem-se a rodos!
Quando é que conseguimos uma escola pública onde os professores ditem senhor mário, em vez de sumário, os tpc sejam assumidamente designados por tortura para crianças, ah, e quando as crianças têm de ficar para além do tempo lectivo podem usufruir de um tempo de pregamento (esta é da autoria do F.), em vez do clássico e aborrecido prolongamento. Uma escola em que as crianças não têm nomes repetidos, porque ternamente lhes são aplicadas alcunhas, uma escola em que se joga xadrez, se pensa filosofia, se dança, se canta, se anda na rua a pé ao sol e à chuva, se trabalha em salas com sofás, almofadas, tapetes, lareiras, mesas de sala de jantar e cadeiras que se parecem com as da casa das nossas avós, em que cada sala tem um nome próprio e há animais de estimação como nas nossas casas, onde se toma chá de pequenino e onde os valores humanos circulam por entre o tempo como fantasmas, atravessando paredes.
Educação sexual? E que tal crescerem e pensarem na educação para os afectos? Tavez não fosse má ideia...