"A relação entre avós e netos é
muito importante e só traz benefícios. Sem ela, perdemos muito. Os avós são uma
espécie de pais que já foram promovidos, como no exército, quando nos chamam e
nos dizem, Sr. Carlos, foi promovido a tenente. Com os avós acontece o mesmo,
só que não recebem medalha alguma.
A convivência entre duas gerações
distintas é essencial, devido aos diferentes conhecimentos, pois ambas se podem
ensinar.
Um avô é alguém que toma conta de
nós, e nós também tomamos conta dele. Se esta relação não existir é como se se
tivesse apagado o passado com um pano molhado, por isso não devemos molhar a
cara aos nossos avós. Um avô húmido é um avô estragado!
Quando estamos com alguém mais
velho, alguém que já viveu a sua vida e dos filhos, alguém que conhece o mundo
melhor do que outro ser qualquer, se estivermos com eles ganhamos essa
sabedoria, como se fôssemos ligados um ao outro e os avós transferissem a sua
sabedoria para nós, mas num ficheiro comprimido, que ao longo dos anos vamos
abrindo.
Mas, a melhor de todas as coisas
é quando o avô nos dá um abraço, uma abraço como não existe outro, quentinho,
aconchegado e com tanto sentimento que até temos de abrir a boca para que
consiga entrar, e para não ficarmos de boca aberta, ali parados, aproveitamos
para dizer “adoro-te”.
Por isso mesmo, ter um avô é como
ter um doce, mas que acaba. Por isso, aproveitemos ao máximo. E lembrem-se: os
avós odeiam não receber medalhas na promoção.
Ao
Avô…
Nº de palavras: algumas,
suficientes. "(Afonso, 21 de fevereiro de 2013, composição no teste de Português, 8º ano)