Das histórias nascem histórias

Das histórias nascem histórias
um poema visual de Fernanda Fragateiro

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

pausa


Ele tem cinco anos e dezasseis dias, exactamente. Ontem menos um dia, portanto, e disse assim, enquanto lanchava:
- Vou fazer uma pausa no leite!
E parou de beber para comer bolachas.
Depois, perguntou ao irmão mais velho:
- Vais tocar guitarra eléctrica ou acústica?
A falar assim aos cinco anos ainda temos esperança de que o português se safe da barbárie dos acordos ortográficos e quejandos!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

nós em festa


Ou por outras palavras "wii party".
Há mais de um ano que o aparelho está cá em casa, mas só agora é que lhe damos verdadeiramente uso.
Até porque agora o F. também joga!
É absolutamente impressionante para uma criatura da minha idade, que nasceu virtualmente na idade da pedra, como uma criança de cinco anos pode dominar o mundo da tecnologia sem saber ler. O F. conhece todos os procedimentos necessários para começar, continuar, recuar, recomeçar, optar e concluir, não um, mas qualquer jogo.
Ele aprende exactamente como eu aprendi a fritar batatas com a minha avó: observando.
A  minha avó fazia as melhores batatas fritas do mundo. Cortadas num instrumento que eu também tenho, dispunha-as sobre um pano como quem prepara as cartas para uma paciência e depois secava-as, com outro pano, e recolhia-as, num baralho que ia deslizando para dentro da sertã.
É o mesmo que acertar com a mãozinha no sítio certo, carregar A, ou B para voltar para trás, seleccionar o Mii, o número de jogadores, o jogo e jogar.
E a vitória sabe a batatas fritas da minha avó!