o último livro de Valter Hugo Mãe é absolutamente espantoso.
não que os anteriores não o sejam.
mas conseguir transformar a experiência de um irmão morto numa obra de literatura não é para qualquer um.
a profundidade do tema convoca a boca do inferno.
a dor metamorfiza-se na terra islandesa.
a solidão evoca o paradoxo dos gémeos.
e, no entanto, o livro não magoa, não dói.
pelo contrário, alivia.
só lamento não gostar da capa, ainda que da magnífca Cristina Valadas.
ninguém é perfeito.