Das histórias nascem histórias

Das histórias nascem histórias
um poema visual de Fernanda Fragateiro

sábado, 3 de julho de 2010

dias felizes

Nem dá para acreditar que numa única semana se possam juntar tantas emoções!
Na segunda-feira, prestei provas de doutoramento, na Faculdade.
Na terça,levei os manos a colher sangue, fui assistir à defesa da dissertação de mesrado da Sara (e essa sim foi uma defesa!) e à tarde montámos e desmontámos a exposição dos quintArtistas.
Na quarta estive pendurada nos formalismos buroráticos do encerramento do ano lectivo, mas ainda fui comer um sorvete (com ou sem panqueca) ao Café Progresso com os meus três filhotes.
Na quinta tentei meter numa mala tudo o que uma mulher precisa para não se sentir infeliz fora de casa eà noite deitei os três, um a um, com umas boas noites muito especiais.~
Na sexta, levantei-me às quatro e meia da manhã e cheguei a Oxford ao meio dia, depois de um voo, dois combois e um metro.Nada mau!
A cidade é fascinante, sobretudo porque tem uma livraria absolutamente delirante chama Blackwell! E ainda por cima hoje é o dia da Alice! Livros para crianças aos molhos e em saldos.... Por que raio hei-de ter e respeitar as restrições dos voos lowcost?






Embora extenuante, até a Conferência está a ser uma história bem contada, bem escrita, cheia de personagens interessantes e beissímimas ilustrações do que ainda há de mais bonito na Humanidade.

domingo, 27 de junho de 2010

nem todos os cravos são vermelhos...

O F. está a fazer puzzles junto à janela norte da sala.
De repente levanta-se, empoleira-se na poltrona para chegar ao interruptor e declara:
- O sol é um cravo e eu não consigo ver porque o sol está desse lado, não está aqui, está noutras terras, na terra dos cangurus!
Passei quatro anos a estudar os sentidos intersubjectivos entre crianças, considerando a sua agência, as culturas infantis, teoricamente inscrita num paradigma interpretativo e metodologicamente fiel à etnografia... E ainda não consigo perceber o que o meu filho de três anos quer dizer com "o sol é um cravo"!
Merecerei realmente o título que, teoricamente, me atribuirão amanhã?