Das histórias nascem histórias

Das histórias nascem histórias
um poema visual de Fernanda Fragateiro

quinta-feira, 27 de maio de 2010

o meu tio


Com os avós fora, o A. está a ter a extraordinária experiência de passar mais tempo com o meu irmão.
Os tios são pessoas absolutamente fantásticas, mesmo quando (e talvez sobretudo) não são da América e são bastante mais novos que os nossos pais. Felizmente, tive a mesma sorte.
Este tio vive mesmo aqui ao lado e passou uma tarde com o A.. Aliás, para ser exacta, não foi só o tio, foi a tia quase-quase também.
É fácil perceber porque é que o A. só fala nessa tarde e está ansioso que seja sexta-feira para repetir a dose.
É que dá para imaginar o que é os três sentados à volta da mesa da sala, o tio a escrever a tese de doutoramento, a tia quase-quase a fazer power points para a defesa do mestrado e ele, o A., a fazer trabalhos de casa de 5ºano!
Depois, o lanche, os vídeos no you tube e... tudo o mais que ele não contou mas que  o encheu de felicidade.
A família continua a ser o caldinho onde se formam as grandes pessoas, mesmo e sobretudo se ainda são pequeninas.
Eu, por mim, instituia, já agora, o dia mundial do tio!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ler para crer


Na semana passada, o V. e o A. passaram os serões sentados no sofá a lerem um ao outro, em voz alta e alternadamente, capítulos de um livro de Geronimo Stilton.
Foi bonito vê-los, entretidos, a lerem um para o outro.
Ontem, depois do jantar, sentaram-se os dois, cada um no seu sofá e leram, silenciosamente, em conjunto.
A partilha é, de facto, um grande método de aprendizagem!

domingo, 23 de maio de 2010

afinal, fumar quase que mata!

Ontem, no nosso pequeno paraíso rural, o A. e o V. fizeram a sua primeira experiência tabágica. O A. enrolou uma nota do Monopólio, acendeu-a numa das extremidades com o isqueiro do pai e mandou o V. fumar. O resultado foi o que não podia deixar de ser: uma valentíssima engasgadela!
Depois, o A. quis experimentar ele próprio e o resultado foi mais ou menos tão fatal como o fora para o V..
Conclusão:
- Ó mãe, como é que o pai consegue fumar? Isto é horrível!
- Talvez não usando notas de Monopólio e pondo qualquer coisa do tipo tabaco dentro do papel? Ainda assim, também acho que não é grande coisa...
- É mesmo mau!
Não será isto melhor que cento e vinte e três aulas de formação cívica anti-tabaco e campanhas fundamentalistas contra o pai deles? E o avô, já agora... E muitos dos nossos melhores amigos...
Eu acho que sim.
Assim como acho que eles devem brincar com o fogo e queimar-se... Ainda que isso implique terem derretido dois baldes velhos que são usados no campo (mas isso foi um segredo que partilharam só com o pai).
Fico contente por os meus filhos ainda serem crianças como as de antigamente... Nós, por exemplo!