Das histórias nascem histórias

Das histórias nascem histórias
um poema visual de Fernanda Fragateiro

quinta-feira, 31 de julho de 2014

virar o mundo de dentro p'ra fora




foi o que andei a tentar fazer durante este tempo de ausência.
a tentar virar o mundo de dentro p'ra fora, a ver se o mundo assim melhora.
mas não melhorou.
continuo a virar, a virar, a virar...
(e no entretanto estive eu virada do avesso)
continuo a virar, a virar, a virar.
e tantas voltas o mundo há-de dar
que alguma coisa há-de melhorar.
obrigada, sr. Pina.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

nothing to be frightened of

I don't believe in God, but I miss him.


Me too. I am as soppy as Barnes.
Nonetheless, there is nothing to be frightened of.
Nothing at all.

sábado, 11 de janeiro de 2014

hipérboles


Ter quatro adolescentes à mesa é garantia de um almoço divertido, em que o vinagre se espirra pelo nariz no meio das gargalhadas.
As piadas, nesta idade, jorram-lhes da boca.
- As dietas são como as hipérboles, não têm... esquece!
O que tem piada é a associação em si.
Porque pensando bem, as dietas são mesmo como as hipérboles.

domingo, 5 de janeiro de 2014

o ano novo parece igual ao velho...


31 de dezembro de 2013 (o do meio)
- Mãe, eu vou querer ser pai, quando for grande.
- Ai sim?
- Ontem gostei tanto de estar a fazer festinhas ao Chico, à noite, e adormecê-lo. Deve ser mesmo bom ser pai!

1 de janeiro de 2014 (o mais novo)
- Mãe, se o Vasco me der um pontapé nos testículos e os rebentar eu não posso ter filhos, pois não?
- Se rebentarem mesmo, não.
- Mas com estes testiculos eu posso não ter filhos, se não quiser, pois posso?
- Claro!

4 de janeiro de 2014 (o mais velho)
- Mãe, porque é que temos de ler livros, para a escola, que não nos interessam?
- Porque a escola não está interessada no que vos interessa, basicamente.
- É que se fosse ler um livro que me interessasse... Agora assim...