Das histórias nascem histórias

Das histórias nascem histórias
um poema visual de Fernanda Fragateiro

quarta-feira, 12 de maio de 2010

vou soprar e bufar e a casa vai pelo ar...


... e foi! Pois o divertimento tem sempre dois sentidos.

 

Não se pode ter uma casa dentro de uma casa durante muito tempo, não é?
Há que criar espaço para coisas novas. Esta já era!
E acho que foi tão divertido deitar a casa abaixo como brincar dentro dela... digo eu!


segunda-feira, 10 de maio de 2010

parece que crescemos mas não...

Como o A. deixou de tocar piano, ontem andei de fita métrica a ver se podíamos pôr o piano fora do quarto dele. O F. seguiu-me todos os gestos, como sempre, atentíssimo.
Infelizmente, já não temos parede para o piano. Entre estantes de livros e janelas os pedacinhos brancos tão desejados desaparecem todos!
Decidi, em voz alta, que o melhor será esperar que o A. se mude de novo para o quarto do V., daqui a dois anos, quando estiverem os dois na mesma escola e o F. mude para o quarto com o piano.
- Fixe! - declarou o F.
- Sim, mas é só quando tiveres quase cinco anos...
- Mãe... Podes fazer um bolo para eu fazer cinco anos?
- Posso, F., mas primeiro tens de fazer quatro anos e é só no Inverno...
- Então podes fazer um bolo de quatro anos? E um depois um de cinco e embrulhar para guardar até ao Inverno?
Quem é que pode dizer que não a uma proposta destas?

É que crescer é mesmo como diz o Manuel António Pina (e cantam os Gambozinos)

Parece que crescemos mas não.
Somos sempre do mesmo tamanho.
As coisas que em volta estão
é que mudam de tamanho.

Ficam de nós tão distantes
que às vezes já mal as vemos
por isso é que parece que crescemos
e que somos maiores que dantes.