Seis e meia da manhã. Entre uma caneca de leite e um biscoito, ainda no calorzinho do édredon, o F. dispara aquela que será, certamente, a primeira das inúmeras perguntas difíceis a que terei de responder no futuro:
- Mãe, o que é o tempo?
E não adianta fugir com o rabo à seringa:
- Qual tempo?
- Aquele que está dentro do relógio e tem aqueles tracinhos.
Bom, o tempo... o tempo, pensei com os meus botões, o tempo é assim uma espécie de escada rolante em que nos põem logo que nascemos e depois a nossa habilidade é subir ou descer quando nos dá mais jeito e, de vez em quando, deixarmo-nos levar sem nos mexermos.
Felizmente, o F. adormeceu enquanto eu pensava nesta resposta.
Para a próxima vou tê-la na ponta da língua!
Apanhei-o!
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