Ontem, na reunião de pais do grupo de três anos da escolinha, a mãe do D. contou a sua preocupação com a descoberta da existência por parte do filho. O D. deita-se e, em vez de adormecer tranquilamente, como fazia até aqui, deita-se e pede "Mamã, senta-te aqui que tenho muitas perguntas para te fazer!"
O F. também está nessa fase. Mas, em vez de fazer perguntas, resolveu as coisas de outra maneira. Sempre que nos referimos a qualquer coisa anterior ao seu nascimento ou à sua consciência de existência (memória?) declara:
- Pois, eu estava na tua bolsinha e via tudo.
A bolsinha é mesmo esse sítio confortável onde as preocupações não nos chegam. É, mais ou menos, como estar no colo da mãe, nos braços de quem se ama, ou, simplesmente, num estado de plena paz interior.
Aquele em que espero poder estar a maior parte de tempo possível.
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