Das histórias nascem histórias

Das histórias nascem histórias
um poema visual de Fernanda Fragateiro

quarta-feira, 5 de maio de 2010

casa nova

Ontem de manhã, logo à saída de casa, demos com uma caixa de cartão enorme junto aos contentores do lixo. À tarde, quando regressámos ainda estava lá. Claramente, esperava por nós.
Eu e o F. olhamo-la bem da janela... Parecia mesmo chamar por nós e, portanto, fomos buscá-la. Surpresa das surpresas, não era uma caixa, mas duas! Duas caixas enormes de cartão!!! Arrastámo-las para dentro de casa e...




Os electrodomésticos já estavam prontos desde domingo, à espera da casa.
O único problema é que uma casa precisa de muita coisa e o F. quer tudo: cama, persianas, estores, cortinas, tapetes, coisas para limpar (pois claro! aspirador, esfregona, vassouras e pás...), relva no jardim (afinal o muro delimita o jardim para quê?) bicicleta (de cartão, pois então!), lâmpada (Porque à noite, mãe, fecho as janelas e fica escuro! como é óbvio...) e tudo o mais que está para vir.
Mas mesmo sem tudo o que é preciso, o F. e os manos brincaram até caírem de sono na casa nova.
O A., então, do alto do seu metro e quarenta e cinco, só repetia, quase extasiado:
- Oh mãe, nós nunca tínhamos tido uma casa em que até eu coubesse lá dentro!
O F., claro, entra e sai de pé, e ainda pode crescer uns bons pares de centímetros até que a cabeça lhe chegue ao tecto.
Ah, e a propósito de tecto, ainda falta pôr o fumo na chaminé, não me posso esquecer!

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